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Boletim de Vigilância em Saúde :

Vigilância em Saúde:

Volume 1, número 1, ano 2017
30/08/2017

CONCEITOS: Conceitos De acordo com Waldman 1998, vigilância deve ser entendida como a "observação dos comunicantes durante o período máximo de incubação da doença, a partir da data do último contato com um caso clínico ou portador, ou da data em que o comunicante abandonou o local em que se encontrava a fonte primária da infecção"8.

A Vigilância em Saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.

Santo Antonio do Aventureiro, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, publica, o primeiro Boletim Informativo, direcionado aos profissionais de saúde, cujo tema é “Tuberculose um problema de Saúde Pública”


Introdução:

A Tuberculose é uma doença tão antiga e continua existente e em grande escala até os dias atuais. Em 1993 foi decretado um estado de emergência Organização Mundial da Saúde (OMS), fundamentado por altos índices de mortalidade, principalmente em países com piores condições sócio econômicas5,7.
Segundo o Ministério da Saúde, com base nos dados da OMS, estima-se que em 2015 ocorreram por volta de 9,6 milhões de novos casos, no mundo. Sendo que, 80% estão concentrados em 22 países, o Brasil por sua vez ocupa a 18ª posição nesta classificação5.
A mortalidade por tuberculose ainda se encontra em números alarmantes, em 2014, no mundo foram atribuídas um milhão de mortes e, no Brasil, esse número ficou em grande escala, cerca de 4.400 indivíduos segundo os indicadores epidemiológicos5. Em 2015 esses resultados foram mais números, 10,4 milhões de pessoas tiveram tuberculose e mais de 1 milhão morreram por conta da doença2.
Esses resultados configuram a tuberculose como um grave problema se saúde publica, segundo o Ministério da Saúde a OMS reconhece como a doença infecciosa de maior mortalidade no mundo, superando o HIV e a malária junta2,5.
O objetivo desse documento é oferecer aos trabalhadores da saúde, aos estudantes e à sociedade um conjunto de informações para subsidiar a análise da situação do controle de tuberculose principalmente em nosso município.


Desenvolvimento:

A partir dessa realidade tornam-se necessárias algumas considerações sobre o problema da tuberculose na perspectiva da intervenção que se realiza no nível do sistema de saúde no Brasil, com possíveis incorporações de novas tecnologias para o sistema de vigilância1,3,7. Visando o estabelecimento e à implementação de estratégias para o fim da tuberculose como problema de saúde pública no Brasil, o monitoramento dos indicadores, atividade coordenada pelos programas de controle da doença, precisa ser uma rotina nas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde2,3,5.
Diante disso em 2014, aprovou-se uma nova estratégia global para enfrentamento da doença, com metas para acabar com a tuberculose como problema de saúde pública até o ano de 2035.
O Ministério de Saúde iniciou então a construção do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, que traçou estratégias e definiu indicadores para o monitoramento do progresso das ações empregadas2,4.
Segundo dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) o número de notificações de Tuberculose vem aumentando em nossa região (2015: 64 casos; 2016: 56 casos e 2017: 55 casos). No município de Santo Antônio do Aventureiro foram registrados: 1 caso em 2002; 1 caso em 2011; 1 caso em 2015 e 1 caso em 2017.
Este cenário reforça a necessidade de fortalecer a Vigilância da Tuberculose em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde, especialmente na Atenção Primária, por meio de estratégias já definidas no Plano Estadual de Controle da Tuberculose: busca ativa de Sintomáticos Respiratórios (SR), exame dos contatos, organização dos fluxos de encaminhamentos de pacientes, realização de exames diagnósticos mais sensíveis (TRM) e de acompanhamento, ações de educação em saúde e de mobilização social.
Abaixo gráficos (Tabelas) com indicadores epidemiológicos de 2014, do Brasil de Minas Gerais. Baseado em uma população de 202.799.518 habitantes2.